Se tem uma coisa que eu detesto, é o futebol.
Não pelo futebol propriamente dito, o esporte, mas pelos seus fiéis e medíocres seguidores, pelos jogadores que são ridículos, entram na profissão pra ficarem milionários porque passaram muita fome na infância, casam com uma loira burra que só quer aparecer ao lado deles e pedir DNA - pra provar que teve um filho, numa noite, numa festa, numa cidade e o caralho - desfilam seus carros importados e tiram fotos de suas casas enfeitadíssimas, e aquelas correntes de ouro ou de prata que colocam no pescoço, breguissimo!
..fotos na Caras, People, Hola ou sei lá o que mais de pior existe no mercado editorial.
E os fãs, uns não têm nem dente na boca, outros não jantaram ontem e nem almoçaram hoje, mas compraram o ingresso pro jogo do corinthians depois de oito horas na fila, debaixo de sol e chuva, é lamentável.
Não gosto, odeio de paixão, se é que posso usar essa expressão.
Aí, tenho que ficar aqui ouvindo, uma coisa que não me causa um pingo de interesse, e uma mulher de 42 anos, que fica o tempo todo respondendo e fazendo questionamentos com os comentadores do jogo, que estão lá do outro lado da televisão, da forma mais patética que você possa imaginar, e às vezes ela solta uns grunhidos tipo.."uuhuu, caraca, juiz ladrão"
meu Deus..minha paciência está no 20%.. porque ela faz isso se sabe que eles não vão ouvir, não vão responder..aaii..agora ela acabou de dizer: putz grilo, acho que não ouvia isso desde minha infância, e faz tempo.
Eu sinto vontade de sair correndo, pois eu poderia estar lendo um livro, ouvindo uma boa música, mas não, estou aqui, sofrendo de ouvir uma narração que não entendo bulhufas, e nem quero, e uma tonta que conversa e chama pelos jogadores como se fossem íntimos ou estivessem aqui na minha sala.
Estou estressada, estou irritada, não dá nem pra ir dormir, me falta paciência e generosidade, agora estou no 10%.
Mas o fazer é o quê, não sou jogadora de futebol, não sou milionária, meu apartamento é alugado, e até conseguir comprar o meu, tenho que aguentar ainda algumas partidas de futebol, com o pouco de paciência que ainda me resta.
PS: Escrevi este texto na última quarta-feira, dia 10 de fevereiro, durante um jogo do São Paulo contra sei lá quem.
Ass.: Srta. Y