PS: Antes a gente tinha uma frescura de não se identificar e tals, mas eu nem lembro se eu assinava como Srta. X ou Y... hahaha... meu nome é Jéssica e partir de agora as postagens vão ser assinadas assim.
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Trabalho chato e falta do que dizer
PS: Antes a gente tinha uma frescura de não se identificar e tals, mas eu nem lembro se eu assinava como Srta. X ou Y... hahaha... meu nome é Jéssica e partir de agora as postagens vão ser assinadas assim.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Eu preciso dizer que te amo
Eu queria poder mandar isso para alguém: http://www.youtube.com/watch?v=nVOwiuMnHp4
Tô tão a fim de voltar a sentir tudo isso de novo que chego a ficar triste.
Segue a letra:
Bebel Gilberto / Cazuza / Dé
Ass.: Não tô a fim de assinar dessa vez.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Balde de água fria
sexta-feira, 16 de abril de 2010
E o palhaço sou eu...
Cansaço, cobranças..muitas cobranças – o telefone toca – mais cobranças. Ás vezes, os problemas vão além da minha capacidade de saná-los, da minha autonomia. Que autonomia? e toca o telefone, vontade de sair correndo sem olhar pra trás. O coração acelera, a temperatura sobe, e cada vez mais problemas. Papéis chegando e se acumulando sobre a mesa já pequena pra tanta queixa - mais uma vez, o telefone... e eu vou me estafando cada vez mais. Vou até o café que fica próximo à minha sala, preparo um chá, na tentativa de me acalmar. Vou até a janela e me deparo com concreto, máquinas, britadeiras, lama, suor, barulho, barulho... quero chorar. Volto pra sala, mais papéis, respondo e-mails, mais cobranças, o telefone, mais problemas, papéis, e-mails, cobranças… olho o relógio, os ponteiros nem sei onde estão... me assusto: o dia já se foi! Fecham-se as cortinas. Amanhã tem mais espetáculo.
Ass.: Srta. Y.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Tirando a poeira
segunda-feira, 22 de março de 2010
Festival do Minuto 2010
Estive, no último dia 18 de março, no subsolo do MASP para acompanhar de perto o já tradicional Festival do Minuto.
Este evento dispensa apresentações e para quem gosta de cinema trata-se de um dos cinco mais importantes eventos do país. Com a curadoria de Marcelo Masagão poderia se esperar um grande espetáculo, mas o que encontrei no porão do MASP foi simplesmente inesquecível. Não preciso nem dizer que todos os vídeos estão disponíveis no site oficial do evento, que citarei no rodapé deste post, mas nada substituí o contato com o espaço físico tematizado, climatizado e visitado especificamente por amantes de curtas. Foram vários filmes maravilhosos, assim, como em todo ano, há alguns que são péssimos (minoria), então, aproveitei minha hora vaga e fiz uma lista dos 3 filmes que mais gostei e 3 dos que menos gostei. A lista negra não vou revelar porque acho que alguns filmes presentes nela talvez mereçam uma nova chance, então falarei somente daquilo que tenho certeza: a minha lista dos 3 melhores filmes do festival do minuto 2010.
Antes é preciso lembrar que o tema central é "A cidade". Dentro deste tema tínhamos outras divisões que refletiam a relação do vídeo com a temática central da mostra. São elas: Sociodermia, Graus, Guerra, Juntos, Intervenções, Palavras, Passagem, Ausência, Enquanto Isso, Lapso, Moi e Habitado. Os vídeos que mais me impressionaram estavam muito bem divididos, cada qual com sua influência na cidade e seu retrato.
Na coluna sobre Intervenções encontram-se vídeos incríveis como Intervenções Urbanas, Sea You e Cidadeando; mas nada prende mais atenção como Vovô Viu um Avião. O vídeo passa-se no próprio MASP, por volta dos anos 70, quando um senhor observa e coloca em prática uma função bastante peculiar para o vão do museu. Além de divertido o vídeo traz à tona a ideia de que tudo que está pronto pode ser recriado e o recriar é partir de um ponto zero de nossa imaginação que faz um todo ser apenas um ponto.
O segundo melhor filme, em minha opinião, fica por conta de Vous Ne Verrez Rein, da coluna Enquanto Isso. Sessenta segundos acompanhando uma drástica transformação numa paisagem fixa é como acelerar o astro rei para ajustar a câmera fotográfica. A imagem estática, o áudio frenético e as luzes que vão e vem são alucinantes; nos conduzem às transformações de um universo sem nossa participação. O mundo vive enquanto observamos. O mundo transforma-se mesmo se olharmos rapidamente. Aliás, a questão do tempo também é retratada nos outros filmes desta coluna.
Não quero ser injusto aqui, existem filmes que são espetaculares, além dos citados diretamente neste post, mas nada me impressionou tanto quanto o primeiro lugar, absoluto de minha lista. Trata-se do curta Tormenta no Entardecer, do totem Sociodermia.
Essa tormenta é tão inquietante que sua euforia passiva, instigada pela bela canção, se torna a grande criação do vídeo. A câmera narra os espectros, a canção conta as transformações e o espectador é o transformador. Romântico como Cézanne, em seu Rochedos em L’ estaque, Jorge Jimenez nos traduz as inquietações de um observador platônico. Um romance entre o que é o que será depois de mim numa rítmica soma entre a agonia e a euforia. Ouça seu coração no vídeo – este é o grande convite. Perceba como sua relação com o movimento da luz e/ou das luzes é tão intenso quanto sua relação com as formas, com os sons. O fantástico Romântico de Jimenez é a grande sacada dessa percepção convidativa para as transformações dramáticas que um indivíduo pode, e deve fazer de seu espaço. Espaço habitado e habituado, muitas vezes ignorado, mas essencial sempre.
Recrie de um ponto zero ainda que esteja pronto tudo o que seus olhos veem e perceba que as transformações dependem do olhar. Cézanne percebera isso e nós só olhamos o seu belo, quando deveríamos olhar para a sua matéria prima. A oferta pagã de uma arte intocável e, ainda que transformada em pedras e rochas no campo da visão, eis sua natura sobre a percepção humana. A cidade é um organismo vivo, natural, humano. Confira você mesmo:http://www.festivaldominuto.com.br/templates/Player.aspx?contentId=647&simpleText=tormenta%20no%20entardecer&related=[]
O Festival do Minuto continua no MASP, e no Site. Independentemente de você concordar ou não com as opiniões aqui prostradas, reforço que eis aqui apenas uma percepção. Vá até lá, ou visite o site www.festivaldominuto.com.br e insira suas percepções nos comentários deste post. Vale a pena investir um minuto de seu tempo nessa amostra que ficará marcada para sempre em sua memória.
Ass.: Colaborador Especial FV
quarta-feira, 17 de março de 2010
Joana a contragosto
O livro de que falo hoje é, antes de mais nada, uma história de amor. Não o amor da segunda metade do século XIX, romântico, platônico, o qual nunca se efetiva por vias carnais, mas exclusivamente espirituais, vindo a se morrer por ele, ou até mesmo de vergonha, como em certa obra de Garret. Não, o amor que temos em Joana é contemporâneo, produto do terceiro milênio e, fosse para dar nome a este pequeno ensaio, o intitularia Amor em tempo de internete.
Resumindo: um escritor de quarenta anos, vivendo solitário em sua quitinete de marfim, em Sampa, recebe e-mail de uma pretensa escritora do Rio de Janeiro, que acabara de completar vinte e um anos de idade, dizendo ser ele seu escritor preferido, pedindo para analisar os escritos dela.
Está formado o jogo. Não somente o da literatura mas também o da sedução.
Joana é uma manipuladora, ou, como se diz na cultura hispânica, uma devoradora de homens. Ocorre que o narrador de Mirisola também é um manipulador típico somente que, desta vez, envolvido pelo amor, deixa-se ser manipulado, o que já nos é revelado no primeiro parágrafo da narrativa. Portanto, o antes predador passa a ser agora a própria caça, aquele que está para ser devorado.
Trepei com Joana cinco vezes e sem camisinha, o que me deixou orgulhoso e envaidecido — a princípio mais pela quantidade do que pela aproximação. Isso se eu não tivesse cometido a besteira de querer amá-la ao mesmo tempo. (p.9).
Porém, o que faz de Joana a contragosto um estimulante livro a ser lido não se trata da fabulação em si, mas do sempre intimista narrador de Mirisola, que se reveste de crueza absoluta diante do mundo administrado. Assim, nos dias de hoje, de relações instáveis, não podemos deixar de ver com certa hilaridade esse narrador bucólico, apaixonado, daqueles que planejam ansiosos o domingo, para, com mulher e filhos, comer macarronada na casa materna. Sim, porque o narrador pretende se casar com Joana, criar sua hipotética filha, a indiazinha que foi supostamente abortada com a pílula do dia seguinte, constituir uma família feliz e, talvez, criarem peixes salmonados em algum pacato município do interior. Contudo, por telefone¸ trocando aficção pela realidade, Joana lhe pede mil reais emprestados — “mas eu te pago, viu.” (p. 151).
Está formado o jogo de espelhos. O que vemos agora não são apenas os supostos gestos ingênuos do narrador mirisoliano, mas, sim, a forma como ele nos expõe ao nosso próprio mundo, ao nosso cotidiano, às tentativas estéreis, assumidas ou não, de se constituir uma célula familiar tradicional e nos afastarmos de tamanho mal moderno: a solidão. Todos nós, queiramos ou não, em um mundo globalizado, de capitalismo triunfante, somos produtos. Ainda mais, tratando-se dele: o corpo ou o amor, mercadoria exposta nas gôndolas do pós-moderno.
Nesse mundo comensal, repleto de convenções, o narrador de Mirisola tenta se encontrar, fincar raízes, estabelecer família. Porém, a adaptação não é mais possível. Assim, o corpo estranho é expelido, e renuncia. Em Mirisola, temos literatura de desencontro, inadaptação. “Aconteceu de Joana me conduzir porque eu não tinha para onde ir.” (p. 30).
Fosse pedida uma metáfora, diria que o narrador mirisoliano opta pelo jogo de azar, o opositor encontra-se com sorriso nos lábios e cartas marcadas nas mãos. Ou, talvez, um colorido e sedutor caça-níquel, do qual, pelas probabilidades, não se pode sair vitorioso, como não se sai vitorioso com o amor depositado em Joana: “Aposto sabendo que vou perder. Acerto deliberadamente o alvo errado e me desobrigo da credulidade… Oh, Deus, e creio!” (p. 116). Deste modo, a olhos vistos, o narrador de Mirisola nos expõe suas derrotas, a fragilidade que habita em si, por transferência, em todos nós.
E esse fracasso pessoal, de alguma maneira, me faz ajambrar qualquer coisa que somente me diz respeito, e que me trouxe a esse lugar nenhum – Joana maior que minha compreensão. A falta é o único dado que “exerço” ou é aquilo que sobrou desse escombro chamado literatura, do qual me alimento e me enveneno em seguida. Tem a liberdade… (p. 138).
Dentro da atual literatura brasileira, poucos autores têm demonstrado tamanha consistência em seus escritos quanto Mirisola, motivo que o qualifica entre os principais nomes de nossa literatura contemporânea. Em seus livros, o leitor encontrará sempre esse mesmo narrador baluarte da desesperança, o que dá uniformidade à sua obra, assim como ao romance Joana a contragosto, cuja voz narrativa amalgama e homogeneíza, de forma surpreendente, uma estrutura fragmentada.
Próximo ao final deste ensaio, faço uso de uma frase que encontro na dedicatória de O azul do filho morto[1], ao ser me dado de presente por uma amiga. Escreve assim a Patty: “As pessoas aparecem em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem”.
Quanto à Joana, concluo parodiando o próprio Mirisola: “E ela não voltou”.
Ass.: Colaborador Especial Márcio Callegaro.
[1] Em minha opinião, a obra-prima de Marcelo Mirisola. (Editora 34, 2002, 173p.)
terça-feira, 16 de março de 2010
Um homem sério
segunda-feira, 15 de março de 2010
Eu acredito na música...
Segunda-feira
sexta-feira, 12 de março de 2010
Sexta-feira
Nossa, que sexta-feira lenta! O dia se arrastou para mim hoje.
quinta-feira, 11 de março de 2010
Das coisas que me irritam no ônibus
Todo dia é a mesma coisa: levanto cedo, tomo banho correndo, não tomo café e corro para o ponto de ônibus na utopia de que talvez nesse dia eu chegue ao trabalho na hora certa. Mas a pior parte é o ônibus. É impressionante o quanto eu odeio pegar ônibus. Principalmente depois de toda a maratona entre acordar e sair correndo para o trabalho. Odeio pegar ônibus à noite também, para voltar para casa, quando eu e todo mundo está cansado, com fome e pronto para perder o controle com qualquer pessoa que se atreva a cruzar o caminho!
Não lembro quando começou esse meu ódio, mas sei que o combo espaço pequeno + muita gente junta + calor senegalês + manobras mais radicais e emocionantes do que qualquer montanha russa desse universo tem me tirado do sério e feito com que eu “filosofe” sobre a existência (des)humana e passe a reparar em coisas que nunca antes nessa vida eu havia parado para prestar atenção.
Uma dessas coisas é o desespero das pessoas em descer do ônibus. Mesmo que faltem pelo menos uns três pontos para o indivíduo descer, sempre rola aquele desespero em chegar correndo na porta, mesmo que todos os passageiros que estejam à frente desçam na mesma parada. Agora me respondam: pra quê isso? Vai ter um troféu na parada esperando pelo primeiro passageiro a descer do ônibus?
Outra coisa que me deixa estupidamente irritada é perceber que há um “jovem” (menor de 60 ou com cara de gente nova) sentado no banco reservado para idosos, deficientes e gestantes quando existe uma pessoa que se caracteriza por estar numa dessas posições em pé, ao lado do banco que lhe é reservado. O mais interessante nisso é perceber a cara de idiota e de imbecil que o “jovem” sentado faz para fingir que não percebeu que o real necessitado do lugar está ao lado dele! Isso para mim é o fim da picada.
Mas o pior de tudo, na minha opinião de estudante que vive com a bolsa lotada de livros, é quando, no meio do ônibus LOTADO, nenhum passageiro que está sentado se oferece para segurar suas coisas, mesmo que a sua bolsa esteja atrapalhando a passagem de outras pessoas e batendo na cabeça da anta que está sentada. Porque só pode ser uma anta mesmo.
Essas minhas viagens no transporte público têm servido muito para que eu perceba o quanto as pessoas não se solidarizam com as outras. É raro ver alguém desejando um bom dia para o motorista ou para o cobrador dentro de um ônibus. Mais raro ainda é alguém pedir desculpa, mesmo que por educação, quando cai em cima de você por conta de uma freada brusca. Essa individualidade ridícula que eu tenho o desprazer de presenciar diariamente me fazer perder as esperanças de um mundo melhor. E a única conclusão a que chego depois de tudo isso é a de que o meu maior sonho neste momento é o de que construam logo um heliporto no meu trabalho, por que aí eu posso ter outro sonho: o de ir trabalhar de jatinho todos os dias.
Ass.: Srta. X.