sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A dor de escrever


Não é a primeira vez que isto acontece. Já passei por isso várias outras vezes, mas toda vez é a mesma coisa: eu sofro muito para conseguir escrever alguma coisa realmente boa. Às vezes parece que isso só acontece comigo.
Estou sofrendo desse jeito porque simplesmente não consigo terminar de escrever o meu trabalho de conclusão da pós-graduação. É algo aparentemente tão simples mas também tão difícil! E o meu prazo está tão apertado e eu estou tão ansiosa e tudo isso dificulta tanto a minha vida! E tudo o que eu escrevo parece que fica uma merda!
Meu Deus! Eu já tomei 4 canecas de café para ver se o meu organismo colabora, e o único efeito disso é uma tremedeira que só está me atrapalhando! Ó baby Jesus, help me! E juro que força de vontade e muita leitura é o que não faltam... e eu ainda estou aqui, escrevendo para o blog. Juro que essa escrita é a única que não me dói.

Ass.: Srta. X

2 comentários:

  1. Olá Sra X
    Queria apenas dizer que essa dificuldade não é exclusividade da srta. Eu, particularmente, tenho muita dificuldade. O professor André confessou-me também que não é fácil pra ele produzir algo, que o próprio julgue de valor. A professora Vera Mascarenhas é doutora em Oxford, ela me confessou numa conversa informal que até hoje, após 50 anos de estudos e muitos diplomas,ainda tem dificuldades para produzir um bom texto. Entenda que a medida em que evoluímos ficamos mais exigentes. E isso só tende a piorar. O melhor mesmo é disciplina. Assim, nunca deixamos que a produção fique pro "calor da hora", já que diariamente podemos escrever por 15 ou 20 min, nosso trabalho e assim cumprirmos o prazo e atendermos as necessidades e objetivos do texto. O estudo é trabalhoso a produção mais ainda. Veja o que Fernando Pessoa disse em uma poesia intitulada "Liberdade":
    Ai que prazer
    não cumprir um dever.
    Ter um livro para ler
    e não o fazer!
    Ler é maçada,
    estudar é nada.
    O sol doira sem literatura.
    O rio corre bem ou mal,
    sem edição original.
    E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
    como tem tempo, não tem pressa...

    Livros são papéis pintados com tinta.
    Estudar é uma coisa em que está indistinta
    A distinção entre nada e coisa nenhuma.

    Quanto melhor é quando há bruma.
    Esperar por D. Sebastião,
    Quer venha ou não!

    Grande é a poesia, a bondade e as danças...
    Mas o melhor do mundo são as crianças,
    Flores, música, o luar, e o sol que peca
    Só quando, em vez de criar, seca.

    E mais do que isto
    É Jesus Cristo,
    Que não sabia nada de finanças,
    Nem consta que tivesse biblioteca

    Fernando Pessoa


    Fv
    e como ultima frase eu gostaria de lembrar a célebre oração prensada em todos os discos da Legião Urbana.

    FORÇA SEMPRE

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  2. Que interessante ver o nome da Profa. Vera Mascarenhas aqui no blog. Ela foi a minha professora na faculdade.
    Jéssica. Amei o seu blog.
    Vou salvar nos blogs que eu acompanho.
    Ah, e também gostei muito de ter visto você lá no Museu.
    Como a nossa cidade é pequena não?
    Se a gente tivesse combinado algo não daria certo...rsrsrs.

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